Freitag, 31. Dezember 2010

A causa principal de câncer é a falta de oxigênio nas células provocada pelo estreitamento dos capilares.

A causa principal de câncer é a falta de oxigênio nas células provocada pelo estreitamento dos capilares. É um problema da microcirculação!

O câncer não é uma doença uniforme, é antes um conceito geral para mais de cem diferentes formas de doenças malignas. Praticamente, qualquer tecido de nosso organismo pode trazer à tona anomalias com características de câncer, às vezes, até mesmo de tipos diversos. Apesar dessa diversidade, todos os tumores parecem originar-se por processos basicamente semelhantes. As 75 trilhões de células de um organismo humano sadio vivem numa comunidade complexa, que repousa sobre relações de interdependência e comandos separados. Se uma célula se divide ou não, depende da influência de outras. Normalmente, ela só se divide quando recebe um comando de células vizinhas. Esse controle ininterrupto garante que cada tecido mantenha a extensão e arquitetura apropriadas ao corpo.

Bem diferente é o caso das células cancerosas: essas destroem os controles, não respeitam os limites usuais do crescimento celular e seguem seu programa próprio de multiplicação. Além disso, têm uma propriedade traiçoeira - sua capacidade de abandonar seu local de origem, penetrar e assentar-se em tecidos vizinhos e desenvolver novos tumores em outras partes distantes do corpo. Tumores provenientes de células malignas tornam-se cada vez mais agressivos em seu processo de evolução, que podem levar à morte, quando tecidos e órgãos vitais são afetados de maneira tal que venham a perder sua capacidade de funcionamento.

Conhecimentos a respeito de causas do câncer, desde os estudos do Prof. Dr.med Otto Heinrich Warburg

Há mais de 80 anos, o médico e bioquímico Prof. Dr. med. Otto Heinrich Warburg (1883-1970), catedrático (a partir de 1918) do Instituto Kaiser Wilhelm, analisou a respiração das células. A mesma gera aproximadamente 90 % da energia molecular nas células humanas. A cadeia respiratória aproveita o oxigênio molecular para transferir os elétrons ricos em energia e, estimulados pela energia fóton, para a fonte universal de energia da célula, a molécula ATP - adeno-trifosfato. Este processo ocorre mediante a reabsorção de macronutrientes como açúcar, gorduras e albumina. O Prof. Warburg recebeu o prêmio Nobel no início dos anos 30 do século 20, como diretor do Instituto Kaiser Wilhelm para Biologia/Fisiologia Celular em Berlim, pela análise do complexo da cadeia respiratória, que é responsável pelo fluxo regular dos elétrons e redução de íons de hidrogênio, em cadeia dos assim chamados sistemas Redox de ligação contínua.

Outro resultado relevante das pesquisas de Warburg foi a constatação de que, durante o metabolismo da célula cancerosa, é produzida, pela degradação da glicose, uma quantidade surpreendente de ácido láctico (glicólise). Conforme o tipo de câncer, isso ocorre tanto ”in vitro“ quanto “in vivo” e vale tanto para processos de metabolismo aeróbicos quanto anaeróbicos em extensão diferente. Num tecido normal de organismo animal, em condições aeróbicas, nunca é produzido volume comparável de ácido láctico a partir de glicose. Células cancerosas diferem, portanto, de não-cancerosas por sua incapacidade de reprimir a glicólise na presença de oxigênio. Nas células cancerosas, o controle da fermentação pela respiração é prejudicado.

A causa principal do câncer é a deficiência de oxigênio nas células

Só no transcurso de décadas foi possível esclarecer por completo esse mecanismo que repousa sobre a atividade de enzimas. Voltando atrás, Warburg escreve a respeito disso, em 1967, o seguinte: “Resumindo em poucas palavras, a causa última do câncer é a substituição da respiração de oxigênio das células do organismo por uma fermentação. Todas as células normais do corpo suprem sua necessidade de energia mediante a respiração de oxigênio, somente as células cancerosas o fazem pela fermentação. Do ponto de vista da física e da química da vida, a diferença entre células normais do corpo e células cancerosas é tão grande, que é impossível imaginá-la maior. Nas células cancerosas o oxigênio está destronado e substituído pelas reações supridoras de energia dos seres vivos mais inferiores, por uma fermentação“. Pela fermentação celular é gerado mais energia do que pelo suprimento normal de oxigênio, de maneira que as células podem multiplicar-se mais depressa e incontrolável. Surgem assim os tumores. Fala-se, então, de câncer.

Esses conhecimentos dominaram as pesquisas sobre câncer por décadas e faziam muito sentido: Ao invés do oxigênio da célula sadia, na célula cancerosa, há os gases de fermentação. Como numa única célula do organismo humano ocorrem mais processos químicos do que em todas as indústrias químicas do mundo, podemos adivinhar o quão complexa deva ser tal pesquisa.

Virada no reconhecimento de causas do câncer

Em 1966, porém, por ocasião do encontro anual de detentores do prêmio Nobel, em Lindau/Lago de Constança na Alemanha, houve um encontro histórico entre Warburg e os mais renomados pesquisadores do câncer da nova geração vindos, principalmente, dos EUA. Essa nova geração de agraciados com o prêmio Nobel e autoridades como Warburg, em geral professores de Medicina, estava fascinada com a descoberta do código genético (a partir do início dos anos 50 do século 20) e acreditava, entusiasticamente, que, pela decodificação da herança genética da raça humana, também se poderia encontrar as chaves para os genes do câncer. Eles se contrapunham a Warburg e acusavam-no de ignorar as seqüências genéticas recém-descobertas, denominadas “retrovírus“ endógenos, que aparentemente poderiam desencadear alterações genéticas e a transformação de células diferenciadas em células cancerosas. Essa “teoria da mutação“ domina, até hoje, as pesquisas sobre o câncer e, infelizmente, redirecionou-as para um caminho, certamente, errado, afastando-se ano após ano do objetivo. O ensinamento do cientista alemão detentor do prêmio Nobel caiu, assim, quase que em esquecimento.

Quando em 1970, pesquisadores norte-americanos acreditavam ter, com métodos de comprovação indireta, identificado uma enzima que poderia levar à transcrição da substância mensageira RNA dos retrovirus à substância hereditária do genoma humano em forma de DNA, alimentou-se a euforia nos meios científicos de que, em 5 anos, poderia ser decifrado o segredo do câncer por métodos laboratoriais de natureza genético-molecular.

O presidente Nixon declara guerra ao câncer

O presidente Richard Nixon, dos EUA, conclamou toda a comunidade científica ao empenho máximo na luta contra o câncer. A história mostra que, mesmo antes, os EUA tinham investido todos os recursos disponíveis em dois projetos e que ambos tinham sido cercados de êxito nos prazos estipulados. O primeiro fora o projeto Manhattan, de Roosevelt, para construção da bomba atômica e o segundo o projeto Apollo, de Kennedy, que levou os primeiros homens à Lua. Nixon também queria lançar um projeto gigantesco para o progresso da humanidade, declarando “guerra ao câncer“ e dotando a pesquisa laboratorial sobre os retrovirus de recursos quase ilimitados.

Tal investimento de capital na pesquisa sobre o câncer, ainda não foi igualado. Das clínicas e dos laboratórios de alta tecnologia, vieram importantes dados, mas a euforia dos heróicos combatentes no front do câncer, atiçada como verdadeira militância, restringe-se hoje aos meios de comunicação. Instalou-se um desapontamento total. Ao invés de seguir sempre em frente a partir da base do ensinamento do detentor do prêmio Nobel, o alemão Otto Warburg, no campo da falta de oxigênio, preferiu-se um desvio, uma virada total em ângulo reto, marchando até hoje por mais de 30 anos em direção à escuridão total. Assim distanciando-se cada dia mais da verdade cientifica. Se bem que tenha havido pequenos sucessos, eles são muito poucos. A grande ruptura nunca se deu. Até hoje os pesquisadores não vêm com clareza onde está, verdadeiramente, a origem do câncer.

A doutrina verdadeira de Warburg foi simplesmente ignorada. Foram identificados muitos produtos que estimulam o desenvolvimento do câncer e os tratamentos clássicos continuaram sendo aperfeiçoados e melhorados, bem como reduzidos seus efeitos colaterais. Sem dúvida, a pesquisa científica pode ostentar orgulhosamente seus êxitos. Mas até agora só se conseguiram vitórias em alguns campos, mas não a vitória sobre o câncer mesmo, nesta guerra que já se trava há 30 anos! Especialistas norte-americanos da área da saúde e os dirigentes das pesquisas sobre o câncer tiveram de reconhecer, no ano 2000, que “a guerra contra o câncer ainda não foi vencida“.

Ao final do mandato do presidente dos EUA, Bill Clinton, em 2000, foram novamente apresentados projetos visando derrotar o câncer em 5 anos. Dessa vez julgava-se ser possível chegar ao segredo do câncer por intermédio da pesquisa do genoma. Foram liberados, novamente, recursos inimagináveis, mas também essa pesquisa com genomas nada pôde trazer, pois o câncer nada tem a ver com eles. Continua a marcha em ângulo reto afastando-se da verdade rumo à total escuridão e, daqui mais 30 anos estar-se-á ainda mais distante do objetivo, pois a causa principal do câncer é fundamentalmente, a oxigenação deficiente das células pelo suprimento insuficiente de oxigênio pelos glóbulos vermelhos do sangue devido ao estreitamento dos capilares.

O aumento dos casos de câncer nos últimos cem anos

No começo do século passado, a cada oito habitantes, um sofria de câncer. Agora, cem anos depois, temos um em cada três. Entre os povos selvagens e os animais em liberdade, o câncer é uma raridade. Por outro lado, no caso de animais domésticos e dos homens modernos, a ocorrência do câncer é elevado.

É assustador o aumento da incidência de câncer entre as crianças. No mundo ocidental, chega a 1 % ao ano. Foi observado que o transporte do oxigênio molecular era prejudicado por oxidação do reduzido teor de ferro na hemoglobina, devido ao efeito de fortes tóxicos oxidantes. Fazem parte deles, entre outros, numerosas toxinas cancerígenas nos alimentos e no meio ambiente, bem como nitritos. Também existem relatos escritos sobre suspeitas de que algumas sulfonamidas e antibióticos possam interferir nos sistemas Redox seqüenciais da cadeia respiratória das mitocôndrias e provocar uma diminuição crônica na transformação do oxigênio.

Alimentação sadia reduz o risco de câncer

Um fator, essencialmente prejudicial, também pode ser a perda de fluidez das membranas celulares e organelas das células pela falta de ácidos graxos essenciais, não saturados, em alimentos produzidos industrialmente e, por conseqüência, desnaturados, cujo transporte e armazenamento também são responsáveis pelo empobrecimento dos micro-nutrientes. Em relação há dez anos atrás, seria necessário consumir hoje o triplo da quantidade de frutas, legumes e verduras para suprir o organismo com a mesma quantidade de sais minerais, vitaminas e oligoelementos. Quanto mais bonita a aparência de nossos produtos agrícolas, tanto mais pobre é, geralmente, seu conteúdo em valiosas substâncias como vitaminas, minerais e outras substâncias vitais. As atuais influências do meio ambiente, de nosso estilo de vida, do maior stress e da crescente pressa no dia a dia, além de mudanças em nossos hábitos alimentares, concorrem para a formação de maior volume dos assim chamados “radicais livres“.

Esses radicais livres são átomos, moléculas e conexões muito agressivas e ativas, que atacam e danificam as células de nosso corpo, fazendo com que tenham crescimento incontrolável. A fim de manter esses “radicais livres“ sob controle, nosso organismo precisa de alimentação balanceada e sadia, com alta participação de alimentos não desnaturados. Nossas batatas, por exemplo, contêm hoje em dia 70 % menos cálcio e 30 % menos magnésio do que há dez anos atrás (1990 – 2000).

Também foi observada uma menor incidência de câncer e infarto cardíaco entre os povos que têm em seu cardápio muitos óleos vegetais puros e prensados à frio, quando comparados àqueles que se utilizam mais da margarina, que, infelizmente, é um óleo vegetal desnaturado. Ainda que os fabricantes de margarina façam uso de valiosos óleos vegetais com as requisitadas moléculas longas de ácidos graxos essenciais não-saturadas, o processamento industrial transforma infelizmente esses componentes tão valiosos em desnaturados e até mesmo saturados.

A natureza oferece uma imensa variedade de óleos vegetais de grande valor, como, por exemplo, o da Oenothera biennis (no Brasil popularmente chamado: óleo de prímula), que contém até o ácido gamalinóleico (GLA), normalmente, encontrado apenas no leite materno e que tem um efeito 165 vezes maior do que o ácido linóleo. É conhecido seu excelente e apreciado efeito no retardamento da propagação do câncer no organismo, para a cura de pressão alta e de arritmias. Cerca de 40 % das mulheres entre dezesseis e cinqüenta anos, sofrem a falta de ácido gamalinóleico de que precisam para produzir a prostaglandina, tão importante quanto as vitaminas. Esse déficit é co-responsável pelo aparecimento de muitas doenças, desde o câncer até da síndrome pré-menstrual (PMS) a qual é, facilmente, corrigida com o consumo de óleo Oenothera biennis, fornecido em cápsulas de 500 mg. Outro óleo de primeira linha é o da semente de uvas, seguido pelo óleo de sementes de girassol, barato e que não deveria faltar em nenhuma cozinha, seguido dos óleos de oliva e de soja. Todos, pura saúde, se aplicados diariamente sobre as saladas frescas em forma de óleos prensados à frio, em estado puro, sem aquecimento. Dessa maneira é restabelecida a fluidez dos glóbulos vermelhos de sangue, das membranas das células e das organelas celulares.

Não são raros os casos de investimentos fabulosos nos cuidados exagerados com o carro. De óleo, para o motor, somente do melhor! Não seria mais prudente o investimento na máquina mais complexa que é o ser humano, dando-lhe o que há de melhor em óleo comestível, por exemplo – prensado à frio. O corpo certamente retribuiria com vida longa e mais saúde.

Em diversas espécies de câncer, o risco de adoecimento pode ser significativamente reduzido pela adoção consciente de um estilo de vida saudável. Sabe-se hoje que 70 % de todas as doenças provêm de formas erradas de alimentação. O mesmo percentual vale para os casos de câncer. Aí está contida a participação do tabagismo, na ordem de 15 %, e do abuso de bebidas alcoólicas, responsável por aproximadamente 2 % dos casos.

A alimentação sadia protege-nos do câncer e não estreita nossos capilares.

As vitaminas A, D, E, C e o oligoelemento selênio (peixes, castanhas do Pará) interceptam os “radicais livres“. Substâncias bioativas, como o beta-caroteno contido na cenoura, impedem, com grande probabilidade, o crescimento dos tumores pela transformação de substâncias cancerígenas. Substâncias de lastro, como grãos de cereais, neutralizam, entre outros, perigosos ácidos biliares. Também as bactérias do ácido láctico do iogurte probiótico e do chucrute são consideradas exterminadoras do câncer.

O Serviço Alemão de Prevenção do Câncer descreve, em seu folheto informativo sobre o tema da dieta em casos de câncer, a assim chamada “alimentação ideal”, inimiga do câncer, ativadora do metabolismo: “Trata-se sobretudo de uma dieta preponderantemente vegetal, que corresponde a uma dieta preventiva geral, respectivamente na forma qualitativa da dieta típica para diabéticos. Seus princípios são: evitar a superalimentação, o sobrepeso, distribuir a alimentação do dia em várias pequenas refeições, ingestão de carboidratos de alto teor, não desnaturados, contendo muitas substâncias de fibras (verduras), abstinência de açúcar refinado e cereais moídos, dando preferência a adoçantes naturais e produtos de grãos integrais. Ingestão moderada de albumina de origem animal, preferindo refeições à base de vegetais; evitar gorduras animais e outras não naturais e saturadas (margarina), substituindo-as por óleos prensados à frio e gorduras com ácidos graxos essenciais não saturados.

Os pioneiros dessa dieta de alto teor nutritivo foram Kollath, Zabel, Kretz, Birchner-Benner e outros. Hoje ela é propagada, principalmente, por Anemueller e Ries, Kretschmer-Dehnhard, Mar-Kleine e Schultz-Friese. A teoria fundamental é a fermentação universal das células do câncer, postulada por Warburg. As células do câncer se originam pretensamente em danos irreversíveis na respiração; a célula do câncer procura compensar a falta de energia com a fermentação, o que por sua vez deve levar ao crescimento indiferenciado, desordenado das células. Esses fenômenos são efeito e não, causa de uma degeneração maligna e não representam, nem de longe, os únicos e decisivos desencadeadores do câncer. Já há décadas, Warburg e, mais tarde, muitos de seus seguidores acreditavam ser possível melhorar o suprimento de oxigênio nas células e assim reprimir o câncer com uma assim denominada “dieta ativadora do metabolismo” composto de produtos naturais selecionados.

Em seu relatório sobre “alimentação sadia na prevenção do câncer“, o Serviço Alemão de Prevenção do Câncer cita ainda os seguintes componentes de gêneros alimentícios que são cancerígenos: “substâncias nocivas que se originam quando os alimentos estão se estragando, toxinas de determinadas espécies de cogumelos, gorduras rançosas ou apodrecidas, bem como substâncias nocivas que entram nos alimentos deliberadamente ou não: são os resíduos de fertilizantes (nitrato), de tóxicos ambientais (chumbo, cádmio, resíduos de combustão de motores a gasolina e gases industriais), de determinados aditivos em produtos alimentares (sal de nitrito na forma de nitrosamina), de resíduos do preparo de produtos defumados e assados (benzopireno entre outros hidrocarbonetos cancerígenos), de substâncias tóxicas que surgem quando há forte aquecimento (peróxido no óleo, albumina decomposta na carne)”. Nosso organismo reage a esses tóxicos com o estreitamento dos vasos capilares e/ou reduzindo a capacidade de transporte de oxigênio dos glóbulos vermelhos.

A formação das células do câncer

As células do câncer formam-se a partir das células-troncos afetadas. O local de inicio de um tumor é a célula passível de divisão, principalmente, o portador da estrutura hereditária, o DNA (ácido desoxiribonucleico). Tumores malignos podem, portanto, originar-se em todos os tecidos que possam renovar-se (regeneráveis). Eles têm crescimento rápido e, não raramente, divergem, em sua estrutura, do tecido-mãe; tendo sido, pois, mal programados, isto é, carregam informações erradas e, dificilmente, podem ser mantidos em seus limites com o tecido sadio porque suas células continuam semelhantes às originais. O tumor rompe, então, as fronteiras e ataca também o tecido adjacente.

Observando-se, mais detidamente, a formação de tumores, nota-se que é necessário descrever primeiro o crescimento de uma célula sadia. Num organismo sadio, existem os comandos da divisão celular. Ao mesmo tempo, eles são fatores inibidores e responsáveis pelo crescimento; mas, que regeneram, por meio de uma nova e rápida divisão das células-tronco, tecidos em falta, por exemplo depois de uma cirurgia. Tão logo o tecido regenerado atinja novamente seu tamanho original, o crescimento cessa. Cada célula tem seus fatores inibidores específicos que lhe comunicam quando o tamanho certo foi alcançado.

Esses fatores de inibição são proteinas específicas dos tecidos. Quando os tecidos não conseguem mais produzi-los ou quando eles perdem sua capacidade de reação, inicia-se a formação dos tumores. Essa mutação de células normais em células capazes de se dividir de maneira incontida denomina-se transformação celular. Essas células assumem outra forma. No metabolismo, torna-se mais forte o consumo da glicose e, além disso, a membrana celular se altera, passando a parecer estranha ao organismo. Normalmente surgem em cada organismo humano, diariamente, muitas células com características próprias de tumores, que são, no entanto, eliminadas pelo poder de imunização gerado pela formação imediata de anticorpos. Tão logo, porém, outros fatores, como determinados vírus, ativem os genes oncológicos a partir dos oncogenes protoplásmaticos, o organismo pode ser afetado por resíduos metabólicos, tóxicos, catabólito, radioatividade ou carcinógenos, que impedem que o sistema imunológico elimine as células formadoras dos tumores, o que pode, então, iniciar o surgimento do câncer.

Muitas pessoas tanto temem o diagnóstico “câncer“, que chegam a reprimir a procura de identificação de nódulos, alterações na pele ou reações do corpo. Protelam, continuamente, a necessária consulta médica; muitas vezes, infelizmente, por um período longo demais! Hesita-se também em aproveitar os exames preventivos periódicos, sobretudo de próstata e mama. Quanto mais o câncer se desenvolve sem ser incomodado, tanto mais difícil se torna a luta contra ele. Todavia, o diagnóstico câncer, hoje em dia, não representa uma sentença de morte. A medicina moderna conhece muitas alternativas promissoras de tratamento e mesmo de cura total.

Sinais de alerta para o diagnóstico prévio do câncer

Devemos sempre considerar os sinais de alerta. Quanto antes o câncer for descoberto, melhores serão as chances de cura. Um câncer se manifesta por diferentes sinais. No caso dos sintomas relacionados a seguir, a visita ao médico é imprescindível para descobrir suas causas:

1.Uma ferida que não se cicatriza, um abscesso, na pele ou nas mucosas, que não sara.
2.Nódulos ou partes engrossadas na pele ou sob ela, sobretudo na área das glândulas
mamárias, bem como nódulos linfáticos inchados no pescoço, axilas ou virilha.
3.Todas as alterações em verrugas, mamilos, pigmentos ou sinais de nascença, como
inflamações, hemorragias, crescimento, aumento de tamanho ou surgimento de novas
formações.
4.Alterações digestivas, constantes incômodos estomacais, intestinais ou
dificuldades de engolir, acentuada perda de peso, notória palidez, inexplicável
fraqueza geral.
5.Rouquidão ou tosse por mais de três semanas.
6.Secreções invulgares, principalmente de sangue ou pus, por alguma abertura do
corpo, dificuldades no esvaziamento da bexiga, dores ao urinar, sangue na urina
ou na evacuação, vômito com sangue.
7.Menstruação irregular ou secreção vaginal misturada com sangue, hemorragias e
secreções acompanhadas de sangue após a menopausa.
8.Dores nos ossos ou gerais sem causa definida.
9.Cansaço constante sem motivo específico, perda de peso e de apetite.

Distribuição percentual das causas do câncer

Ao se fazer uma análise percentual da distribuição das causas do câncer conforme os gráficos das publicações internacionais, constatamos a existência de grandes diferenças. Principalmente o índice percentual das causas relacionadas com a alimentação tem forte variação: de extremamente baixo(30 %) até muito alto (80 %). Considerando-se valores médios, chega-se aos seguintes índices arrendondados:

Alimentação 53 %
Tabagismo 15 %
Abuso de bebidas alcoólicas 2 %
Total 70 % (itens de alimentação e estimulantes)

Causadores de infecções 5 % (no 1º mundo – em nível global 15 %)
Local de trabalho 5 %
Fatores genéticos 5 %
Fatores sexuais específicos 4 %
Falta de atividade física 3 %
Radiações 2 %
Deterioração ambiental 2 %
Outros fatores 4 %
Total 30 % (não relacionados à alimentação)

Causas da formação do câncer

Apesar das intensas pesquisas, infelizmente, as causas exatas da maioria dos casos de câncer não estão devidamente identificadas. A formação de muitos tumores também pode estar relacionada a várias causas atuando em conjunto, como é o caso, por exemplo, de fumantes que ao mesmo tempo são alcoólatras. Quase todas têm, porém, uma coisa em comum: são responsáveis pelo estreitamento dos capilares, por isso é bom ler, com atenção, a lista abaixo que analisa as causas da formação do câncer:

1.Alimentação incorreta pela mistura de alimentos que não deveriam ser consumidos simultaneamente. Baixa participação de alimentos contendo líquidos, principalmente, frutas, verduras e saladas frescas que deveriam representar pelo menos 5 porções de nossa alimentação diária. Excesso de alimentos desnaturados ou aquecidos. Isso está relacionado a algumas formações bem específicas de câncer na cavidade bucal, no esôfago, na laringe, no pâncreas, no estômago e intestino, bem como nas mamas e na próstata. Diversos relatórios apontam o consumo excessivo de pão como possível causador de câncer na próstata porque, pretensamente, o pão adensa o sangue, entupindo assim os finos capilares da próstata.

2.Hoje em dia já não resta a menor dúvida de que o maior fator individual de risco de câncer pulmonar é o fumo. Ao mesmo tempo, o tabagismo pode causar, no fumante, outras formas dessa doença, dentre as quais tumores na boca, no esôfago, na laringe, no pâncreas, na bexiga urinária e no colo do útero. Alguns estudos concluem até que de 25 a 30 % de todas as causas do câncer estão diretamente relacionadas ao fumo (Boyle e outros, 1995, Harvard Report on Cancer Prevention 1996).

3.Sistema de absorção de oxigênio debilitado, como por exemplo nos pacientes de AIDS.

4.Radiação excessiva do sol aumenta o risco de câncer de pele. Isso valendo, principalmente, para pessoas de pele clara e sensível.

5.Histórico familiar. Ultimamente os fatores genéticos atraíram a atenção, em virtude da identificação de genes específicos (como no câncer de mama). A porcentagem de casos de câncer relacionados a antecedentes genéticos deve situar-se numa ordem 5 %. Alguns autores situam-na entre 5 e 10 % (Lynch e colaboradores, 1995). É certo que os fatores genéticos participam das formações malignas nos olhos, intestino, mama e ovários. Capilares estreitos podem ser hereditários.

6.Presença de substâncias químicas no local de trabalho, meio ambiente e alimentos. São considerados cancerígenos o asbesto, vapores de benzol (ao se respirar, benzina), nitrosamina (que tem sua origem no nitrito formado na defumação de gêneros alimentícios), aflotoxina (um veneno produzido por uma espécie de fungo e que se deposita sobre alguns alimentos, como a casca do amendoim) ou pesticidas. Também metais pesados contidos em gêneros alimentícios são suspeitos de causarem câncer. Expostas estão, principalmente, pessoas que, por motivos profissionais, tenham que lidar, freqüentemente, com substâncias cancerígenas. As partes mais afetadas costumam ser os pulmões, a bexiga e os rins. O índice percentual deve ser visto como média regional. Em regiões fortemente industrializadas, esses índices podem exceder bastante a média geral da população, em função de um percentual maior de pessoas, profissionalmente, expostas ao risco de contaminação. (Vineis e Simonato, 1991).

7.A radioatividade aumenta muito o risco de leucemia.

8.Pressões de ordem psicológica podem debilitar o organismo e facilitar o alastramento de células cancerosas.

9.Vírus infecciosos. Infecções provocadas por vírus participam do processo de formação do câncer de fígado (hepatites virais B e C), câncer de colo do útero (papiloma vírus), linfomas (vírus Epstein-Barr), de uma determinada forma de leucemia (HTLV-1) e, provavelmente, ainda outras espécies de câncer. Suspeita-se também que na formação do câncer de estômago exista uma relação com a infecção causada pelo Helicobacter pylori. As causas infecciosas exercem um papel considerável nos processos que originam o câncer na ordem global 15 %, enquanto que nos países do primeiro mundo e na Alemanha, esse índice é avaliado em aproximadamente 5 % (Harvard Report on Cancer Prevention, 1996).

10.Ainda que o abuso de bebidas alcoólicas tenha uma participação de 2 %, ou seja, bem menor do que os fatores mencionados anteriormente, deve ser levado em conta que a escala é crescente. Assim como o fumo e os fatores alimentares, o abuso de bebidas alcoólicas aumenta bastante o risco de câncer, o que, todavia, ainda é praticamente desconhecido por grande parte de nossa população. As áreas do corpo inicialmente mais afetadas são a cavidade bucal e a garganta, o esôfago, a laringe e o fígado.

11.Prensar, principalmente a região da mama (p.ex. durante a mamografia).

12.Finalmente, há uma série de outros fatores, como o histórico pessoal de
doenças, medicamentos, radiação por íons, que se situam na casa de um porcento ou menos de participação no surgimento dos casos de câncer (Doll e Peto, 1981 – Harvard Report on Cancer Prevention 1996).

O grau de conhecimentos acumulados, até hoje, engloba significativo potencial de medidas de prevenção do câncer, em razão do índice de mortalidade ligado a essa doença poderia ser bem menor do que realmente é. É dever de cada um contribuir para a preservação de sua saúde. O lema da Sociedade Alemã de Combate ao Câncer – “A vida por meio do conhecimento“ – deveria estimular-nos a refletir sobre como cada um pode melhorar a qualidade de sua vida pelo que já aprendeu.

Prevenir é mais importante do que remediar

Faça regularmente os exames preventivos recomendados. Fazem parte deles:

1.Em mulheres com mais de 40 anos, controle regular das mamas.

2.A partir dos 20 anos, exame ginecológico anual da mucosa vaginal.

3.Mulheres a partir dos 20 anos - exame médico anual das mamas. Além disso, cada mulher também deveria apalpar regularmente sua mama à procura de nódulos.

4.Homens a partir dos 45 anos – exame anual da próstata. Exame médico anual dos órgãos sexuais externos (a partir dos 40 anos).

5.Exame de sangue oculto nas fezes de homens e mulheres com mais de 50 anos.

6.Exame do intestino grosso de homens e mulheres, a partir dos 50 anos.

7.Observação de alterações na pele, manchas, pintas e verrugas em consulta ao dermatologista. Periodicidade conforme o tipo de pele.

8.Não fumar.

9.Evitar excesso de peso.

10.Alimentação saudável com muitas frutas, verduras e saladas distribuídas em 5 porções durante o dia.

11.Às vitaminas A e E são atribuídas funções de prevenção do câncer (frutas,
verduras e óleos vegetais).

12.Exercícios físicos regulares.

13.Evite manusear ou lidar com substâncias que estejam sob suspeita de serem cancerígenas. Se sua profissão implica o trabalho com tais substâncias, adote as medidas de proteção. (Perigo reconhecido, perigo
afastado!).

As áreas de maior incidência de câncer

Nas mulheres: pele, mamas, estômago, órgãos sexuais, intestino, fígado, vesícula biliar, ovários, sangue, medula óssea, pulmões, pâncreas, esôfago.

Nos homens: pele, pulmões, estômago, próstata, intestino, sangue, medula óssea, pâncreas, fígado, vesícula biliar, esôfago, testículos, boca e língua.

Medidas preventivas no âmbito da medicina

1.Por meio de exames preventivos periódicos, é possível reconhecer precocemente casos de câncer em formação.

2.O médico pode selecionar um tratamento adequado dentre as terapias disponíveis. A possibilidade de cura de um câncer depende do tamanho do tumor, local onde se originou e da formação de metástases. Existem as seguintes possibilidades de tratamento:

a.Em determinados casos, consegue-se retirar o tecido afetado mediante
cuidadosa cirurgia. Isso é possível, principalmente, quando não há
metástases.

b.Raios X ou Gama bem direcionados sobre o tumor (radioterapia)
conseguem destruir células cancerosas. Essa terapia pode ocasionar uma
série de efeitos colaterais desagradáveis como cansaço, falta de apetite,
digestão difícil, queda de cabelos, destruição de áreas sadias próximas às
partes do organismo em tratamento, enfraquecimento da estrutura óssea e
dos dentes, emagrecimento, queimaduras ou inflamações na pele e na
mucosa, porque o organismo reage com a contração do capilares.

c.A multiplicação das células cancerosas é evitada com a aplicação de
medicamentos citológicos (quimioterapia). Como esses medicamentos não
agridem apenas as células cancerosas, mas todas as células do corpo que
se multipliquem rapidamente, ocasionam muitos efeitos colaterais
desagradáveis (enjôo, queda de cabelo, diminuição da resistência orgânica
e, como conseqüência exposição a doenças oportunistas como gripe,
infecções, cárie), porque o organismo reage com a contração dos vasos
capilares.

d.Em determinadas formas de tumores relacionadas aos hormônios (câncer
de próstata ou de mama), o uso de medicamentos que interferem no
equilíbrio hormonal pode ajudar. Muitos pacientes sentem fortes dores para
as quais os médicos podem prescrever analgésicos, melhorando
sensivelmente, a qualidade de vida do paciente.

e.Alguns pacientes têm, durante o tratamento, dificuldades para alimentar-se
ou engolir a comida, chegando ao óbito por inanição. Nesses casos,
nutricionistas ou médicos podem prestar auxílio, receitando uma dieta
apropriada. A questão da alimentação é uma das mais importantes
para o sucesso da cura do câncer e é muitas vezes, inteiramente,
subestimada.

Estratégia da medicina no combate ao câncer

A estratégia da medicina acadêmica de combate ao câncer divide-se hoje em três formas principais de terapia: cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Por vezes dois ou três desses métodos são aplicados simultaneamente. O sucesso da terapia depende do tipo de câncer e de quando foi diagnosticado. Enquanto o tumor estiver em seu estágio inicial, portanto concentrado num determinado ponto e não tendo ainda formado metástases, ele pode ser tratado com alta probabilidade de êxito. O diagnóstico precoce constitui a chave para a cura. Quanto mais tarde o tumor for descoberto, tanto maior será a probabilidade de que se tenham formado tumores secundários em outras regiões do corpo. Nesse caso, as formas de tratamento local, como cirurgia e radioterapia, muitas vezes não serão suficientes para interromper o processo de disseminação. Faz-se necessária, então, a quimioterapia. Nos diversos casos, há diferentes reações. Nos quadros de câncer nos testículos ou tumores infantis, consegue-se ao menos reduzir sua massa e prolongar a vida do paciente.

Cirurgia

A cirurgia é o mais antigo e, ainda hoje, mais eficaz tratamento do câncer. A maior parte das curas é atribuída a elas. Pode acontecer, porém, da doença já ter atingido estruturas vitais que não podem ser removidas ou disseminado metástases pelo organismo. Nesses casos, a cura cirúrgica torna-se inviável e os médicos terão que se valer das outras terapias.

Radioterapia

Essa terapia utiliza a forte energia das radiações. Pela radioterapia, as células são tão danificadas, que vêm a morrer. Infelizmente, as reações no tecido canceroso são as mesmas que no tecido sadio. Por esse motivo, o tecido sadio adjacente tem que ser protegido por anteparos e máscaras, para que seja afetado o menos possível. Graças à mais moderna tecnologia, o médico consegue identificar exatamente o local do tumor com o auxílio de procedimentos que permitem a visualização do mesmo como a tomografia computadorizada, podendo assim direcionar a radiação com exatidão. Apesar disso, não se pode evitar de todo que alguma parte do tecido sadio também seja atingida e danificada. Com o auxílio de mecanismos de reparação, as células sadias que forem afetadas poderão, contudo, regenerar-se na maioria dos casos melhor do que as células dos tumores.

A aplicação dos raios é feita, principalmente, de fora para dentro pela pele. A dosagem é baixa e distribuída em 4 ou 5 sessões semanais. As pausas intermediárias têm o objetivo de proporcionar condições de restabelecimento às células sadias. Para extirpar um tumor canceroso mediante a radioterapia, normalmente, são necessárias 25 a 35 sessões. Esse número depende da espécie e da natureza do tumor, bem como da dosagem da radiação. A aplicação é feita em ambulatório, sendo necessária uma permanência de, aproximadamente, 30 minutos na clínica.

Há uma nova forma de radioterapia: feita durante a própria cirurgia. Nesse caso, os raios são dirigidos diretamente sobre o tumor e o tecido adjacente é preservado quase inteiramente. Assim, a dose que deve destruir o tumor é ministrada numa única sessão.

Na maioria dos casos, o organismo reage bem à aplicação da radioterapia. Podendo, porém, manifestar-se diferentes efeitos colaterais desagradáveis. De qualquer maneira, sempre é recomendável informar-se junto ao médico e preparar-se para as providências recomendadas. É possível adotar uma dieta alimentar especial num caso de disenteria. O surgimento de cárie, em decorrência de radiações na cavidade bucal, pode ser enfrentado com maiores cuidados com os dentes. Um eventual tratamento dentário deve ser feito previamente, uma vez que por dois anos após o término da terapia nada na boca deve ser ferido (extração de dentes, tratamento de canal devem ser evitados nesse período). Para a prevenção ou redução do efeito da radiação sobre a pele, o médico pode prescrever preparados à base de modernas fórmulas de gel de Aloe (no Brasil: Veraloe Gelatum, da firma Cassiopéia), os quais sempre apresentaram excelentes resultados na prevenção de danos à pele, assim como rápido restabelecimento de áreas afetadas da epiderme.

Quimioterapia

A largamente aplicada quimioterapia diferencia-se dos processos cirúrgicos e de radioterapia pelo fato de abranger o organismo todo. Substâncias produzidas artificialmente são injetadas diretamente na corrente sangüínea ou ingeridas em forma de comprimidos. Esses medicamentos inibem o crescimento das células cancerosas ou extinguem-nas. Em muitos casos, a quimioterapia pode, adicionalmente à cirurgia, reduzir o risco de uma recidiva.

Também, antes da cirurgia, a quimioterapia pode ajudar a obter melhores resultados de cura em algumas formas de câncer por reduzir a massa tumoral. É empregada sobretudo, nos casos de osteossarcoma, que é uma forma de câncer ósseo que atinge crianças, no câncer de útero e do esôfago.

Os produtos quimioterapêuticos agem não apenas sobre as células do câncer, mas, infelizmente, também sobre células sadias, principalmente as que se dividem rapidamente. Essas sofrem danos e por isso o tratamento é feito com intervalos. Após uma fase de aplicações, segue-se uma pausa. A terapia pode tornar necessárias internações hospitalares de curta duração, para que o médico possa verificar sua eficácia e, ao mesmo tempo, manter sob controle os efeitos colaterais. Esses costumam ser bastante desagradáveis para o paciente, manifestando-se em forma de mal-estar, enjôos, cansaço e queda de cabelos, se relacionam às células sadias da mucosa do estômago e do couro cabeludo que são muito afetadas

Também os glóbulos brancos são bastante danificados.. Caso seu número caia muito em função da quimioterapia, o paciente torna-se bastante sensível a infecções.

Existem, hoje, medicamentos eficazes, especialmente, contra o enjôo, em que a Aloe parece assumir uma posição de destaque por contribuir bastante para o bem-estar do paciente. Por meio de substâncias que ativam o crescimento das células do sangue e aceleram sua regeneração, também é possível abrandar os danos na medula óssea. Com o término da terapia, as células das raízes do cabelo recuperam-se e, geralmente, os cabelos voltam a crescer normalmente.

Quimioterapia em alta dosagem

Na quimioterapia, as substâncias tóxicas aplicadas são dosadas de forma a atingir todas as células cancerosas, evitando tanto quanto possível afetar as sadias. Uma dosagem maior de remédios quimioterapêuticos ocasiona efeitos colaterais mais fortes, de maneira que esse tipo de aplicação é problemático e, contra-indicado em determinados casos. Em contrapartida, muitas vezes algumas células cancerosas sobrevivem à dosagem normal e podem transformar-se em novos tumores.

Para exterminar todas as células cancerosas, injeta-se no organismo, no caso da quimioterapia em alta dosagem, uma quantidade de substâncias até dez vezes maior do que na quimioterapia comum. Isso só é possível, contudo, se durante o período da terapia forem retiradas do paciente as sensíveis células formadoras do plasma. De outra forma, os pacientes poderiam vir a falecer em algumas semanas em conseqüência de anemia ou infecção. As células responsáveis pela formação do plasma são retiradas da medula ou diretamente do sangue do paciente e devolvidas a seu organismo ao término do tratamento. Em duas ou três semanas formam-se, então, novos glóbulos sangüíneos. Nesse período os pacientes têm de ser resguardados de qualquer infecção.

Diversos estudos comprovaram que as chances de sobrevida de pacientes de câncer de mama submetidas a esse tratamento são maiores do que na quimioterapia normal. Por esse motivo, essa alta dosagem vem sendo aplicada em escala crescente, na Alemanha, nos casos de câncer de mama para maior garantia. Estudos e experimentos ainda estão sendo realizados com o intuito de constatar em que casos a quimioterapia em alta dosagem é recomendável.

Limites da quimioterapia

A quimioterapia tem uma desvantagem: à semelhança de bactérias que se tornam resistentes a antibióticos, também as células cancerosas ficam insensíveis à quimioterapia. Algumas, imediatamente, outras depois de vários tratamentos. O problema é muito sério, já que o médico não pode identificar prontamente essa circunstância. Em muitos casos, há também resistência a diversos agentes.

O objetivo da ciência é poder fazer prognósticos sobre a eficácia dum remédio. Para o câncer de colo do útero, já existe um método auspicioso. Antes da quimioterapia, são retiradas células dos tumores da paciente e é testado, in vitro, o efeito de diversas substâncias quimioterapêuticas sobre as células. Se as células se revelam resistentes, há uma certeza de 95 porcento de que a resistência também existe no organismo. Dessa maneira pode-se rejeitar, desde o início, remédios ineficazes. De qualquer modo, só em 60 % dos casos poderá se feito o prognóstico antecipado da sensibilidade das células à terapia.

Cura espontânea

Denomina-se cura espontânea o desaparecimento repentino do tumor, sem que ele tenha sido tratado. Existem curas espontâneas de câncer, mas elas são muito raras. Não está bem claro como elas ocorrem. Os cientistas atribuem-nas ao sistema imunológico próprio do paciente, outros falam de curas milagrosas pela fé.

O grupo de trabalho alemão de Terapia Biológica do Câncer realizou um trabalho pioneiro. Num curto espaço de tempo, o tema secundário “Cura espontânea“ desenvolveu-se como pesquisa internacional séria. Em abril de 1997, pôde ser realizado, com grande êxito, um encontro médico internacional sobre o tema “Remissão espontânea em pacientes de câncer“. Na comunidade médica, o conceito começou a ser levado a sério e, ocupar-se dele, já não é mais motivo de desconfiança.

Essa transformação não deixa de ter desdobramentos: atualmente cogita-se se as forças de auto-regulação do corpo algum dia também não abrirão horizontes inteiramente novos para a terapia. Remissões espontâneas alteram os entendimentos médicos sobre tumores e sua origem. A questão que se coloca já não é apenas: “Por que os homens morrem de câncer?“, mas também: “Por que algumas pessoas sobrevivem, apesar de acometidos de doença, aparentemente, incurável?“

Tais questões influenciam não apenas a pesquisa médica, mas também as relações do médico com o paciente. Muitas vezes ignora-se que a Igreja Católica, há séculos, coleciona relatos a respeito de curas inexplicáveis. Para os católicos, existem homens que estão bastante próximos a Deus. Eles são chamados “santos“. O sinal de que foram eleitos por Deus é o fato de poderem realizar milagres. Para a Igreja Católica também se trata de “curas inexplicáveis pela medicina“.

A Igreja Católica instituiu uma espécie de tribunal em que, após exaustivos estudos, decide se os milagres atribuídos a determinado santo devem ou não ser reconhecidos. Essa tarefa não é fácil! Juntas médicas devem avaliar se os relatos sobre determinadas curas podem ser considerados “inexplicáveis sob o ponto de vista médico“. Os participantes nem sempre são de crença católica e emitem seus pareceres de forma bastante crítica.

Os médicos que dão seu voto nos processos de beatificação e canonização só podem, todavia, confirmar a cura efetiva. A respeito da causa da cura espontânea, eles sabem tão pouco quanto seus demais colegas que se ocupam de curas surpreendentes.

O fato de que, realmente, existem curas espontâneas de câncer, significa para cada paciente, antes de mais nada, que a evolução de sua doença não pode ser prevista com segurança absoluta. Esse fato não deve levar o paciente a esperar, passivamente, pela remissão espontânea; mas sim, a pensar em como conviver com a doença, ou mesmo viver bem apesar dela. Não existem medidas que tornem possível efetivar uma remissão espontânea. Sem dúvida, há, porém, possibilidades de auxílio de ordem fisiológica e psicoterapêutica para melhor conviver com a enfermidade e, talvez, viver por mais tempo.

Um caso típico que poderia explicar a cura espontânea é o seguinte: um empresário, bastante endividado, foi acometido de câncer devido aos aborrecimentos com sua situação, aparentemente, irremediável. Chegando à fase final, o médico recomendou que preparasse seu testamento, pois deveria contar com seu falecimento nos próximos dias. Ao fazer, então, a listagem de seu patrimônio e de suas dívidas, ele constatou que o patrimônio superava em muito o total das dívidas e com a venda de uma parte do seu patrimônio poderia saldar todas dividas. Essa constatação deixou-o radiante, feliz e com novo animo, seus capilares, constritos pelas preocupações, retomaram o diâmetro normal e sadio, suas células voltaram a ser bem supridas de oxigênio, a fermentação celular foi estancada e o câncer desapareceu por inteiro. Ele sarou “espontaneamente“.

A doença da tristeza e da angústia

Na sua edição 1800 do dia 30 de abril de 2003, pagina 113, a revista brasileira “Veja” publicou, sob o título “A doença da tristeza” da autora Paula Neiva, um relatório muito interessante: “Atenção, mulheres: acontecimentos muito estressantes podem aumentar os riscos de aparecimento de câncer de mama. Principalmente, aqueles que causam tristeza ou luto. É o que sugere uma pesquisa finlandesa, cujos resultados foram publicados na American Journal of Epidemiology, uma importante revista médica dos Estados Unidos. No ranking dos pesquisadores, o divórcio aparece no topo da lista, seguido da morte de um filho, do marido ou de um parente ou amigo próximo. Segundo a pesquisa, o perigo mais do que dobra para as mulheres que se divorciam e é duas vezes maior para as que ficam viúvas. Desgastes emocionais, não necessariamente ligados a ocorrências tristes também embutem algum risco. Entre eles, a simples mudança de casa, ou a perda do emprego. ‘Nenhum estudo do gênero havia conseguido informações tão precisas quanto esse’, diz o oncologista Artur Katz, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O câncer de mama é a segunda neoplasia mais comum entre as brasileiras. De acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer, só neste ano (2003) serão registrados cerca de 40.000 novos casos da doença.

A pesquisa finlandesa é produto de um universo riquíssimo de informações – o Finnish Twin Cohort, uma base de dados com o histórico atualizado de cerca de 20 000 pares de gêmeos nascidos na Finlândia antes de 1958. A partir dela, é possível examinar a influência da genética, do meio ambiente e dos fatores psicológicos no desenvolvimento de doenças crônicas. Para chegar aos resultados sobre o câncer de mama, foram analisados dados sobre a vida de mais de 5 400 mulheres e suas respectivas irmãs gêmeas, recolhidos durante quinze anos. Os pesquisadores concentraram a atenção apenas nos pares de gêmeas em que uma delas desenvolveu câncer e a outra não. Os pares em que as duas irmãs tiveram a doença ou que apresentavam antecedentes familiares foram excluídos. Assim, eles evitaram que uma possível propensão genética pudesse interferir nos resultados. Também foram deixadas de lado as mulheres que tiveram outros fatores de risco comprovadamente associados ao câncer de mama – como primeira menstruação precoce, menopausa tardia, tabagismo e primeira gravidez em idade avançada.

Os médicos, no entanto, continuam sem entender por completo o mecanismo que faz com que o stress repercuta de forma tão negativa na saúde das mulheres. O que se sabe até o momento é que altas doses de stress interferem na produção de estrógeno. Em demasia, o hormônio acelera a multiplicação das células mamárias. Nesse processo, cresce a possibilidade de ocorrer um erro, o que pode levar ao aparecimento de um tumor. Mas ninguém desvendou ainda como o stress age sobre o estrógeno.” (fim do texto da revista Veja).

Conforme os meus estudos, os nossos capilares reagem em casos da tristeza e do stress, contraindo-se e diminuindo os seus diâmetros internos. Assim, o fluxo dos glóbulos vermelhos do sangue, que fornecem o vital oxigênio para as células, pode ser fortemente diminuído ou interrompido e, conforme a doutrina do prêmio nobel Prof. Otto Warburg, as células entram em processo fermentativo, dando o inicio aos tumores.

Quem leu este capítulo com atenção entenderá o origem da reação dos corpos dilatadores nas paredes dos 150.000 km de nossos capilares e como eles provocam, por causa disso, um estreitamento do diâmetro desses capilares. Em conseqüência desta reação uma quantidade sempre menor de glóbulos vermelhos passa pelos capilares e, conseqüentemente, sempre menos oxigênio chega às células. A falta de oxigênio ocasiona a fermentação das células. A fermentação gera mais energia do que o próprio oxigênio original. Esta energia a mais da fermentação pode ser aproveitada para a multiplicação celular incontrolável em escala cada vez maior. Esse crescimento anormal das células podem constituir o câncer. Os que compreenderam esse mecanismo também saberão o que se deve fazer para melhor abastecer suas células com oxigênio, prevenindo, assim, a formação do câncer.

A bebida vital da Aloe apresenta-se como instrumento de melhora da oxigenação das células devido ao seu efeito de dilatação dos capilares; no caso do câncer, principalmente, a fórmula brasileira (folha inteira da Aloe/mel/álcool). Os diabéticos podem substituir o mel por seiva grossa de agave, mel marmeleiro ou por mel de caju. Ao mesmo tempo, a adoção de uma alimentação mais saudável e a eliminação dos fatores determinantes do câncer enumerados anteriormente, bem como o pensamento positivo e o enfoque certo da vida, podem evitar novo estreitamento dos capilares. No caso do câncer, devemos acionar todos os registros, com o intuito de alargar o diâmetro desses vasos, dando-lhes sua forma normal e sadia. Assim, podemos apoiar, de maneira mais favorável, as terapias da medicina acadêmica. 70 % das pessoas atacadas pelo câncer reagem muito bem ao suco vitalizante de Aloe. Graças a esse produto da natureza, elas alcançam mais depressa os melhores resultados, acompanhados de menores efeitos colaterais da quimio e radioterapia.

O doente de câncer pode beber o mencionado suco vital preparado com folhas de Aloe com casca + mel + álcool, 3 vezes ao dia, por um período de 10 dias, na quantidade de uma colher de sopa, 15 minutos antes das refeições. Segue-se uma pausa de 10 dias e depois volta-se a tomar o preparado novamente durante 10 dias. Em seguida, vem nova pausa de 10 dias, e assim sucessivamente. Para a prevenção do câncer recomenda-se esse ciclo de 10 dias com o mesmo suco de Aloe, uma a três vezes por ano. Durante a quimio- ou radioterapia não deve haver a mencionada pausa.

No Brasil podem ser obtidas informações detalhadas sobre o câncer no Instituto Nacional do Câncer (INCA), Av. Venezuela, 134 Bloco A, 9º and. Rio de Janeiro RJ, CEP 20081-340, Tel. (021) 263 85 65 Fax. 263 82 97

O texto deste artigo é do um capítulo do livro do Autor Michael Peuser; "OS CAPILARES DETERMINAM NOSSO DESTINO", 330 pag. 6 pag. col. R$ 50,00 (no Brasil) e EUR 25,00 (exterior).
Pedidos: www.aloevital.com.br ou em todas as livrarias do Brasil ISBN 85-89850-01-3
Este livro é uma tradução do bestseller alemão: "Kapillaren bestimmen unser Schicksal".
Livro homenageado com um "VOTO DE APLAUSO" pelo Senado Federal em Brasília no mes de abril de 2010.

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