Mittwoch, 29. Dezember 2010

150.000 km de capilares determinam nossa saúde!

A microcirculação dentro dos 150.000 km de capilares determinam nossa saúde!
Nossa saúde começa a enfraquecer quando os 150.000 km de capilares arteriais e venosos, existentes em nosso corpo, diminuem o seu diâmetro e não conseguem transportar em quantidade suficiente os glóbulos vermelhos do sangue. Assim ocorre a redução do suprimento do oxigênio e dos nutrientes para as 75 trilhões de células. Ao mesmo tempo, as toxinas não são eliminadas em quantidades suficientes. Tudo isso poderá acarretar no colapso de nosso organismo.

Você leu direito! Nosso organismo tem 75 trilhões de células que são supridas pelos capilares que, colocados em linha reta, correspondem a 3,5 vezes a circunferência de nosso globo terrestre ou seja 150.000 km.

Todo este fino sistema de capilares tem um volume de, aproximadamente, três a quatro litros. Muitas pessoas afirmam que os capilares tem o diâmetro de um fio de cabelo ou seja 0,1 mm; se isto fosse verdade o volume total dos 150.000 km de capilares com diâmetro de 0,1 mm seria de aproximadamente 1.200 litros e não caberia em nosso corpo que tem um volume médio de 70 litros. Isto mostra que os capilares são muitas vezes mais finos que um fio de cabelo. Teoricamente cabem 400 capilares paralelamente dentro de um fio de cabelo. Eles são invisíveis pelo olho nú.

Esses capilares têm papel decisivo no surgimento de mais de 100 doenças, dentre as quais algumas crônicas, com milhões de vítimas, como por exemplo câncer, angina pectoris, psoríase e fibromialgia, para citar apenas algumas. Por tal motivo deveríamos nos familiarizar muito intensamente com nossos capilares, descobrir suas funções e procurar entendê-las. Através das informações e das terapias contidas neste livro, podemos intervir, de forma natural, para remover a causa inicial de muitas doenças.

A circulação sangüínea.

Nossa circulação sangüínea é um sistema de transporte extremamente racional. Mesmo durante o repouso, o coração bombeia por minuto todo o sangue de nosso corpo para a corrente sangüínea – aproximadamente 10.000 litros ao dia, o que corresponde ao volume de um caminhão-tanque.

É inquestionável a importância que os vasos sangüíneos têm para nossa saúde. Requerem-se vasos com bom desempenho: artérias sadias, que alimentem as diversas regiões do corpo com sangue bem oxigenado e nutrientes; veias sadias, que sirvam para a limpeza do tecido e transportem, de volta ao coração e aos pulmões, o sangue pobre de oxigênio. A saúde de nosso sistema capilar é importante. Lá dentro, ocorre o metabolismo do sangue com as células corporais e vice-versa. Os capilares, os minúsculos, microscópicos vasos abastecem cada uma das 75 trilhões de células. O sangue rico em oxigênio é bombeado pelo coração até a periferia via sistema arterial. Lá, as artérias se subdividem em arteríolas, pré-capilares e, finalmente, nos menores vasos de nosso corpo, os capilares.

Os capilares são os menores meios de transporte do sangue: cada um deles tem um diâmetro de cerca de sete a dez milésimos de milímetro.

Os capilares são formados por camadas de células epipeliais tubulares. Eles interligam artérias e veias e são o local das trocas de gases. Nos capilares, o fluxo sangüíneo é bastante lento. Isso favorece o metabolismo. A velocidade média do fluxo nos capilares é de aproximadamente 0,01 cm/s e propicia o metabolismo numa distância de apenas 0,01 cm. A velocidade do fluxo nos capilares é de 1/1200 da aorta. Enquanto a aorta tem uma passagem interna para o sangue de cerca de 4 centímetros quadrados, no caso da soma de todos os capilares, interligados milhões de vezes, ela é de 4.800 centímetros quadrados. As artérias corresponden a um volumen de 12,5 %, as veias de 14,5 %, e os capilares de 73 % do sistema sangüinea.
(vide o livro Mikrozirkulation, Autor: Prof. Dr. med. R. Klopp, do centro de pesquisa da microcirculação em Berlim)

Paredes porosas de capilares

A fina parede capilar é porosa. Pelos poros, o corpo transfere as substâncias como oxigênio, água, sal e albuminas dos capilares para as células pelas membranas semi-permeáveis. Somente os glóbulos vermelhos do sangue e moléculas gigantes do plasma não conseguem passar por esses poros. A pressão hidrostática (pressão alta no vaso sangüíneo e baixa no tecido) impulsiona esse intercâmbio. Essa diferença de pressão é alta na parte arterial do capilar e baixa na parte venosa. Em função disso, o intercâmbio de nutrientes, oxigênio, resíduos do metabolismo, e dióxido de carbono se faz de forma ordenada.

A remoção dos resíduos é feita via sistema venoso cujas veias estão providas de, assim chamadas, válvulas que têm por objetivo regular o refluxo do sangue.

Nos anos cinqüenta e sessenta do século 20, foi constatado (por Rohracher) que existem formações anatômicas nas vênulas e, mesmo na parte venosa dos capilares, que funcionam como válvulas. Comprimindo-se a área de um capilar (p.ex. por um músculo), o sangue é impelido para fora do vaso. Quando a pressão sobre os capilares diminui, a forma inicial é restabelecida pela elasticidade alternada das paredes, isto é, no interior dos capilares, forma-se um espaço vazio, como se fosse um vácuo. Em virtude disso, o sangue exprimido volta para dentro dos capilares.

O refluxo do conteúdo da parte venosa é obstruído pela válvula, havendo assim suprimento apenas de sangue arterial. Quando isso acontece muitas vezes seguidas, o capilar funciona como uma bomba, bombeando o sangue acionado pelo movimento dos músculo. Quanto mais vasos forem dessa maneira comprimidos ou aliviados simultaneamente, maior será o efeito do bombeamento. A mudança de forma dos capilares é estimulada por contrações mecânicas ao longo das fibras musculares (vibrações).

Os capilares reagem à temperatura e lesões

Os capilares da epiderme são importantes para a regulagem da temperatura do corpo. Quando ela aumenta, há uma irrigação sangüínea maior na pele e, assim, o sangue pode esfriar-se na superfície corporal.

Ocorrendo um trauma dos sensíveis capilares, o sangue entra no tecido, ocasionando um hematoma. Para o tratamento de um estado agudo, os meios mais apropriados são o frio e/ou compressas. A hemoglobina nesse sangue perdido assume a coloração azul, porque o tecido retira dele o oxigênio. Se mais adiante a mancha fica verde ou amarela, isso se deve à bilirrubina, um subproduto da hemoglobina. Essa pigmentação anuncia a recomposição dos capilares lesados.

Como o oxigênio e o nitrogênio entram no sangue?

Oxigênio, nitrogênio e um dos produtos finais do metabolismo, o dióxido de carbono, movem-se, como todos os gases, sempre na direção em que houver a menor pressão do respectivo gás. Isto vale de maneira muito especial para a respiração no pulmão e na célula. O ar respirado contém em média, além de seus 21 % de oxigênio e 78 % de nitrogênio, mais 1 % de outros gases. Após a inspiração, essa relação mantém-se igual nos alvéolos pulmonares.

Nos capilares que encobrem os alvéolos pulmonares, há pouco oxigênio e também menos nitrogênio, porque esses elementos foram utilizados no corpo. Esses gases “caminham“, assim, rumo aos capilares, pois alvéolos e capilares são permeáveis a oxigênio e nitrogênio. A partir daí, os elementos chegam às células, onde podem ser metabolizados.

Para que os efeitos do oxigênio e do nitrogênio sejam eficazes no sangue, há necessidade de um sistema de transporte eficiente. Este é representado pelos glóbulos vermelhos, pela hemoglobina, que é a “parte vermelha do sangue”. O oxigênio chega aos glóbulos vermelhos e liga-se à hemoglobina. Cada molécula de hemoglobina pode ligar duas moléculas de oxigênio.

Ao lado disso, existe adicionalmente também a chamada “liga física“. Trata-se de um efeito físico, já que, sob determinada pressão, os gases se dissolvem em líquidos. Essa pressão, que “fisicamente“ dissolve o oxigênio no sangue, é a pressão atmosférica, da qual nós homens mal nos apercebemos, por convivermos com ela.

Todos conhecem o fenômeno que ocorre quando abrimos uma garrafa de água gaseificada. O líquido está sob pressão e, nessa pressão, o gás carbônico dissolve-se no líquido. Abrindo-se a garrafa, a pressão diminui e o gás carbônico dissolvido é liberado, provocando o borbulhar.

Pressão sobre os capilares

Entre o vigésimo e o sexagésimo ano de vida, nós passamos mais de quinze anos na cama. Num período de 50 anos adormecemos, aproximadamente vinte mil vezes. Para todos nós o sono é uma condição fundamental para saúde e melhoria da qualidade de vida.

Ao dormirmos, porém, a livre circulação sangüínea nos capilares não está assegurada. Na posição dorsal, por exemplo, cria-se pressão sobre o occipício, esterno, bacia, panturrilha e calcanhar; na posição lateral nos ombros, quadril, joelhos e tornozelos. Isso causa a compressão dos capilares. Se essa pressão perdurar por longo tempo, ela pode afetar seriamente a saúde.

Aqui também podemos constatar a ação preventiva da natureza: O represamento do sangue nos capilares da epiderme e o retesamento muscular fazem com que o homem se vire durante o sono, mudando sempre de posição. No caso de pessoas que, devido à dores, não conseguem se movimentar na cama, podem formar-se feridas nas áreas onde os capilares são constantemente comprimidos, com a aparência de placas bem escuras, as escaras de decúbito.

Também surgem problemas quando se fica muito tempo sentado, como, por exemplo, em serviços de escritório ou vôos intercontinentais. Nesses casos é recomendável sentar-se de forma dinâmica. Isso leva à contração e descontração natural da musculatura e discos intervertebrais e propicia boa irrigação sangüínea pelos capilares. De uma maneira geral, deve-se evitar a posição sentada e posturas rígidas constantes. Ao invés disso: movimentar-se o máximo possível.

Ortopedistas e cientistas da área de saúde do trabalho promovem o conceito do sentar-se de forma dinâmica. Sentar-se dinamicamente, significa mudar freqüentemente a posição, inclinada para frente e de, ereta ou inclinada para trás. Isso impede a contração estático dos músculos e cansaço antecipado. O sentar-se dinâmico também resguarda os discos intervertebrais. É que ele causa a agradável sensação da alternância de carga e descontração nos músculos e na coluna dorsal.

No trabalho dinâmico da musculatura, o músculo se contrai e se encolhe, criando um movimento. Durante a fase de descontração, os capilares se abrem e o músculo é irrigado com sangue. Começa o metabolismo, o músculo é alimentado com oxigênio fresco ou seja, com energia. No trabalho estático dos músculos, não há uma alternância entre contração e descontração. Durante a contração ocorre uma compressão dos capilares, o fluxo sangüíneo no músculo é insuficiente. A musculatura se cansa rapidamente e há falta de energia.

A prática moderada de esportes favorece o suprimento pelos capilares
O esporte praticado moderadamente, também pode nos fornecer energia devido ao maior suprimento de oxigênio através dos capilares. Com persistência no esporte ou nas práticas diárias de caminhadas durante o mínimo de meia hora, podemos resistir a uma cansativa carga física e, em seguida, recuperarmo-nos mais depressa. Quando fazemos movimentos que tenham a participação de pelo menos 1/6 da musculatura total de nosso corpo (mais ou menos o equivalente a uma perna), falamos de resistência geral. Movimentos típicos de resistência geral são caminhar, correr, andar de bicicleta, remar, corridas de longa distância, caiaque, andar de patinetes, scooter etc.

A resistência básica geral é importante para nossa saúde. Nas pessoas que treinam a resistência, o sistema cárdio-circulatório e a respiração funcionam melhor. A musculatura apresenta irrigação sangüínea mais intensa. O coração bate mais tranqüilo e, com cada batida, envia uma quantidade maior de sangue pelo corpo – por isso ele precisa bater menos. Comparável a alguém que deva esvaziar, com um balde, todo o conteúdo de um barco num determinado tempo. Ele precisará esforçar-se menos, é claro, se dispuser de um balde maior. Os desportistas bem treinados têm uma intensa formação de novos capilares em todos os seus músculos, inclusive, no músculo cardíaco que lhes propiciam uma melhor distribuição de sangue com o conseqüente aumento de oxigenação.

Músculos bem irrigados de sangue podem absorver mais oxigênio (= mais energia) e nutrientes e por tal motivo se cansam menos. Resíduos do metabolismo são retirados e transportados mais rapidamente e sobrecarregam menos as células musculares. Também os músculos da respiração tiram proveito do treinamento. As pessoas treinadas respiram mais profunda e lentamente que as sem treino e têm, assim, melhor índice de oxigenação.

Nos músculos, a troca entre oxigênio e nutrientes se dá mediante a difusão entre os pequenos capilares de um lado, e as células musculares de outro. A difusão significa a movimentação de um elemento em direção ao local de sua menor concentração. Como a musculatura consume oxigênio e nutrientes, a concentração desses elementos nos músculos é menor do que no sangue dos capilares. Ao treinar-se, sistematicamente, a resistência por um período mais prolongado, origina-se uma melhor capilarização dos músculos. Isso representa, em relação a uma pessoa não treinada, maior quantidade de capilares abertos na musculatura em ação e ao mesmo tempo o aumento do diâmetro interno dos capilares no músculo que trabalha.

A área de contato entre o sangue nos capilares e as fibras musculares se amplia e o caminho para a difusão fica mais curto. No cômputo geral, isso representa uma irrigação sangüínea melhorada e, em conseqüência, melhor nutrição da musculatura em ação.

Capilares estreitos como causa de doenças

O fluxo sangüíneo nos menores vasos, os capilares, é uma questão complicada em todos os organismos de seres de sangue quente. O grande problema reside no fato de ser o diâmetro dos glóbulos vermelhos (eritrócitos) um pouco grande demais para os capilares, de forma que eles têm de “abrir seu caminho“ “em fila indiana“, ou seja, um após o outro.

Para evitar que os glóbulos vermelhos se colem, foram desenvolvidos diversos mecanismos compensatórios. Os glóbulos vermelhos se repelem, devido à sua carga elétrica. Isso nem sempre funciona sem ressalvas. Diversas interferências podem ocasionar uma perda desta carga elétrica valiosa dos glóbulos vermelhos e, conseqüentemente, cria-se um caos, um verdadeiro “congestionamento“ nos capilares. O sangue, então, flui mais devagar transportando menos nutrientes e oxigênio à musculatura. Ao mesmo tempo, fica alterada a remoção dos resíduos do processo metabólico, os quais por falta de transporte acabam acumulando-se nos espaços intermediários das fibras musculares, ocasionando dores e enrijecimento de membros, quadro este, que faz parte da sintomatologia da fibromialgia.

Também a diabetes tem seus efeitos sobre os capilares. A partir de 200 mg/dL de glicose no sangue há tanto açúcar nos capilares que o fluxo dos glóbulos vermelhos (velocidade do fluxo) diminui sensivelmente devido ao estreitamento dos capilares (como um congestionamento na saída de rodovias). Na marca de 300 mg/dL o sangue nos capilares já está parado. Abrem-se então ligações de curto-circuito e o sangue flui ao lado de seu ponto de destino sem atingir o mesmo (rodovia com saída fechada).

No caso de diabetes não diagnosticada ou desregulada, o constante aumento de açúcar no sangue prejudica, preferencialmente, células que podem absorver glicose sem insulina. A essas células dependentes de insulina pertencem os vasos sangüíneos na retina ocular (denominadas células endoteliais) aquelas que revestem a retina como um papel de parede. Com o prolongamento da diabetes, essas células são afetadas, morrem e têm de ser trocadas por novas células endoteliais. Infelizmente, esse processo de reparação nem sempre funciona, de maneira que, inicialmente, em algumas poucas partes e mais tarde em áreas sempre maiores, os menores capilares entram em colapso. O sangue já não flui mais por eles. Além do mais os capilares, cujas células endoteliais ainda vivem, mas já estão alteradas, ficam permeáveis à passagem de componentes do sangue.

Nos locais da retina em que repousam pequenos grupos de capilares fechados, inicia-se a tentativa de formar novos vasos sangüíneos. Aparecem pequenos sacos vazios – microaneurismas -, que podem ser detectados com o oftalmoscópio como pequenas manchas vermelhas. São os primeiros sinais visíveis de que a diabetes afetou a retina.

Se campos maiores dos capilares na retina estão fechados, esta procura compensar a evolução do déficit de oxigênio com a formação de novos vasos. Essa tentativa é, no entanto, fatal, porque os vasos recém-formados são muito quebradiços e penetram no corpo vítreo localizado diante da retina. Aí ocorre um leve sangramento. Se esse sangramento acontece diante do campo de maior acuidade visual – a mácula -, o paciente é acometido de cegueira aguda.

Os capilares na evolução da humanidade

A razão dessas numerosas propriedades derivadas dos capilares estreitos encontra-se no histórico de nossa evolução: em épocas remotas, nossos capilares eram bem mais largos, proporcionando alojamento confortável para os glóbulos vermelhos. No transcorrer de 500.000 gerações passadas, isto é, em 15 milhões de anos, revelou-se, contudo, que os capilares estreitos apresentam uma vantagem transcendental: eles têm uma superfície de contato relativamente grande entre cada glóbulo vermelho de sangue e as paredes internas das capilares, proporcionando assim um metabolismo melhor.

Ao mesmo tempo em que os capilares se estreitaram, os glóbulos vermelhos mantiveram seu tamanho original. Graças a essa importante metamorfose originou-se o homem atual, de alta capacidade.

Todos os organismos superiores como nós, seres humanos, temos hoje essa forma de capilares mais estreitos. A forma antiga de vasos sangüíneos largos persiste, apenas, nos organismos de sangue frio, mais lentos.

Essa “nova“ forma de circulação sangüínea trouxe consigo, contudo, uma desvantagem: esses capilares mais estreitos tendem ao entupimento, pois no histórico da evolução do organismo humano apareceram corpos intumescidos altamente sensíveis nas paredes internas dos capilares. Essa intumescência dos corpos pode diminuir o diâmetro interno dos capilares e reduzir o fluxo dos glóbulos vermelhos ou fazer com que esse diâmetro volte a ser alargado à sua dimensão normal e sadia.

Ao mesmo tempo, uma diminuição do diâmetro interno dos capilares provoca uma redução das aberturas dos poros nas paredes dos capilares, por intermédio das quais as células devem ser alimentadas com nutrientes, oxigênio etc..

A redução do diâmetro das aberturas dos poros dos capilares pode prejudicar também a remoção dos resíduos do metabolismo. Neste caso, estas partículas são maiores no diâmetro de que os estreitos poros dos capilares, ou interrompê-lo de todo, “como folhas secas de plantas, entupindo as tampas de ralos”.

Esse sistema sensato de intumescência nos capilares parece ter tido uma função original importante em nossa longa evolução histórica. A compressão dos capilares foi a resposta do organismo para um comportamento errado do homem e ocasionou muitas doenças que leva à morte mais cedo. Isto fez parte da evolução.

O comportamento correto era premiado com uma vida mais longa e maior número de descendentes. Dessa forma os ancestrais do homem podiam familiarizar-se com seu ambiente e a alimentação adequada (em outro capítulo encontraremos referências mais detalhadas).

Pelo fato desse sistema ter estado ativo por mais de 500.000 gerações e, em parte, ainda estar ativado, originou-se um processo de seleção natural. Dessa maneira, nossos antepassados puderam evoluir, ao longo de milhões de anos, até chegar ao homem atual, altamente capacitado, com andar ereto e com inteligência. O fecho do desenvolvimento há poucos milhares de anos nesse processo evolutivo foi denominado então, como coroa da criação e com uma imagem semelhante de Deus. Nesse ser humano em estado paradisíaco infundiu-se então até mesmo uma alma.

O renomado físico alemão, Prof. Manfred von Ardenne (1907 – 1997) ensinava: „Se a célula é forte, o corpo também o é“. Em suas muitas pesquisas a respeito do suprimento de oxigênio nas células, que levaram à “terapia de oxigênio em múltiplos passos“ (“SMT – Sauerstoff-Mehrschritt-Therapie“), ele observou que, quando as paredes dos capilares se intumesciam, havia sempre um déficit de oxigênio porque a corrente sangüínea estava estrangulada, devido ao estreitamento do diâmetro dos capilares.

Mediante fornecimento artificial de oxigênio, podia ser observada uma regressão no intumescimento das paredes dos vasos capilares, o que aumentava consideravelmente o fluxo do sangue. Sua “terapia de oxigênio em múltiplos passos“ era composta de 3 passos. O primeiro passo serve para preparar o organismo para o suprimento otimizado de oxigênio. O fornecimento de vitaminas, minerais (p.ex. magnésio) e oligoelementos (p.ex. zinco, e selênio-dos castanhas de Pará) aumenta a capacidade de absorção de oxigênio das células e assegura a utilização do oxigênio para fins energéticos.


Adicionalmente, o sistema imunológico pode ser estimulado com preparados de ervas (tomilho “Thymus vulgaris” e loranto “Viscum album”). O segundo passo consiste na inalação (inspiração) de uma mistura de ar enriquecido com oxigênio. A participação de 90 % de oxigênio é ativada (ionizada) por um aparelho especial (ionizador). A inalação é feita diariamente com máscaras descartáveis, durante um período de 18 dias. O terceiro passo prevê, então, a melhoria da circulação do sangue em todo o organismo mediante exercícios (também durante as aplicações no repouso em intervalos a cada 8 – 10 minutos), respectivamente estímulo da circulação cerebral por atividades mentais (p.ex. leitura).

A formação de novos capilares

Nos tumores cancerosos, também se observam quão importantes são os capilares. Uma das causas principais de tumores é o colapso do suprimento de oxigênio nas células. Nesse caso, os capilares são estreitos ou fechados. De acordo com Prof. Dr. Otto Heinrich Warburg, alemão laureado com o Prêmio Nobel, na falta de suprimento de oxigênio, as células são levadas ao processo de fermentação celular, o que cria muito mais energia do que o abastecimento natural, normal e sadio das células com oxigênio. Como a fermentação celular fornece mais energia, estas células recebem assim uma força que pode ocasionar uma multiplicação mais rápida e incontrolável das células o que denominamos câncer.

Na falta de oxigênio, a natureza procura uma compensação imediata e novos capilares crescem nas áreas ameaçadas de tumor. Fala-se então de angiogênese. O conceito é de J. Folkmann e resultou do estudo da vascularização de tumores. A angiogênese tumoral significa, no entanto, quase que exclusivamente o crescimento de novos capilares. Ao atingir determinado tamanho, o tumor transmite sinais, os chamados “fatores de crescimento“, a receptores nas células endoteliais, situados sobre as paredes vasculares, estimulando a formação de novos capilares.

Esses novos capilares, infelizmente, não atingem todas as células subnutridas ou sem nutrição alguma, de maneira que, freqüentemente, o tumor não pode ser completamente paralisado, continuando por isso a favorecer sua excrescência. Normalmente esse processo natural da angiogênese tem uma função importante no organismo, como por exemplo no desenvolvimento embrionário, na menstruação e na cura de feridas. Nesses casos o papel da angiogênese é decisivo.

Também os biólogos voltados à evolução reservaram o conceito de angiogênese à formação de capilares, seja durante vascularização de partes do organismo pela invasão de capilares da rede primária durante o desenvolvimento do embrião ou, na idade adulta, a vascularização de feridas ou inflamações em geral.

Capilares suprem o cérebro com oxigênio

Vinte por cento do oxigênio absorvido pelo organismo é transportado pelos capilares ao cérebro e lá consumido. Se o suprimento de oxigênio não estiver assegurado ou for limitado por algum motivo, isso pode levar não apenas a alterações perceptíveis no desempenho do cérebro, como também interferir negativamente na transmissão de impulsos cerebrais a outros órgãos, glândulas e músculos. Tais interferências podem pôr em risco o funcionamento de todo o organismo e também ocasionar, ao longo do tempo, danos irreversíveis. Células cerebrais mortas por falta de oxigênio não podem mais ser repostas. Por esse motivo deveríamos prestar muito mais atenção à alimentação do cérebro pelos capilares do que a maioria das pessoas o faz.

Organismo ácido deixa os glóbulos vermelhos rígidos

Quando os glóbulos vermelhos se encontram em meio altamente ácido, os mesmos perdem a sua elasticidade. Estes corpos, normalmente, arredondados como pequenos tambores, não conseguem mais se alongar para poderem passar por capilares mais finos ou ultrafinos. Esta situação é denominado “Rigidez de acidez” (Dr. Worlitschek – “Praxis des Säure-Basen-Haushaltes”, S. 55). O resultado é um fornecimento reduzido de oxigênio e dos nutrientes para as células.

As células, um cosmo em miniatura

Sabemos hoje que cada célula de nosso organismo representa um mundo à parte. Em cada célula, transcorrem mais processos químicos do que em todas as indústrias químicas da terra. Podemos somente admirar estupefatos e com devoção essa criação única. Acrescente-se a tudo isso que, em cada célula, estão armazenadas tantas informações, que talvez não se encontre comparação nem mesmo com a capacidade de armazenamento de inúmeros computadores.

A clonagem de seres vivos a partir de uma única célula comprova a maravilha do microcosmo dessa obra grandiosa. A nós, homens, compete alimentar corretamente esse mundo maravilhoso e saber eliminar os resíduos de metabolismo. Isto nós alcançaremos se aprendermos, com a leitura deste livro, a fazer uma boa manutenção de nossos 150.000 km de capilares, garantindo sempre seu diâmetro natural e sadio, para continuarmos com nossa saúde intacta ou para restabelecê-la. Se nos preocuparmos seriamente com nossos capilares, teremos menos preocupações com enfermidades.

O sistema dos capilares com seu comprimento de 150.000 km foi intitulado com toda razão por mim como Determinador Principal da nossa Saúde!

“Seria um erro acreditar, se a ciência é composta somente de doutrinas exatas cientificamente totalmente comprovadas, e injusto em exigir esta comprovação.” Siegmund Freud, Psicanalista austríaco (1856-1039)



Principais causas do estreitamento dos capilares

As diversas causas contra as quais os nossos capilares reagem com um estreitamento do diâmetro interno podem ser resumidas como se segue:

1. Alimentação errada: Existem mais de 700.000 criaturas diversas nesta terra. Somente o homem esquenta e desnaturaliza a sua comida. A participação de alimentos crus naturais e não aquecidos é, normalmente, muito reduzida na alimentação do homem moderno. 70 % das doenças têm a sua origem na sua alimentação errada.

2. Mistura, nas refeições, de alimentos que não combinam: O estômago do homem está preparado para digerir somente um alimento concentrado de cada vez. O que é um alimento concentrado? Tudo o qual que não for frutas, legumes ou verduras é um alimento concentrado.

3. Fumar ativa ou passivamente: Existem mais de 700.000 criaturas diversas nesta terra. Somente o homem fuma. O organismo reage e os capilares se estreitam. Os fumantes têm, estatisticamente, sua vida encurtada em mais de 15 anos.

4. Excesso de álcool: O homem pode tomar bebidas alcóolicas com moderação. Um copo de vinho ao jantar até é bom para a saúde. O excesso o organismo não tolera e os capilares se estreitam. A diminuição do oxigênio transportado para as células e para o cérebro provoca náusea e um “black out”.

5. Radiações: Exposição à excesso de luz solar, radiação do raio X, radiação nuclear, radiações terrestres e a radioterapia. A radioterapia de um tumor de garganta provoca um estreitamento até um fechamento total dos capilares que abastecem os dentes com água e nutrientes. Assim os dentes podem ficar afetados ou até destruídos e esfarelar como areia.

6. Certos produtos químicos e a quimioterapia: Os capilares reagem contra quimioterapia. O estreitamento pode provocar náusea e a perda de cabelos.

7. Determinados vírus, bactérias e parasitas: Os capilares se estreitam na presença de certos vírus, bactérias e parasitas, como no caso de AIDS.

8. Falta de água: Os capilares compensam a falta de água no organismo com um estreitamento do seu diâmetro para segurar assim a água nas células.

9. Noticias ruins, choque de conflitos, stress, tristeza, desgosto e insatisfação no lugar de trabalho: Os capilares reagem com um estreitamento do seu diâmetro e podem provocar assim doenças, inclusive câncer.

10. Mudanças hormonais: Na puberdade e na menopausa os capilares reagem as mudanças hormonais com um estreitamento do seu diâmetro. Iniciando assim a acne, na puberdade e fogachos, na menopausa

11. Falta de movimentação: Os esportistas tem duas vezes menos a possibilidade de contrair câncer. Mais movimentação força os capilares a aumentar a circulação de sangue com mais oxigênio.

Este texto faz parte de um dos capítulo do livro "OS CAPILARES DETERMINAM NOSSO DESTINO" do Autor Michael Peuser ISBN 85-89850-01-3 com 333 pag. 6 pag. col.
R$ 50,00. Pedidos www.aloevital.com.br e em todas livrarias do Brasil.
Este livro foi laureado com um "VOTO DE APLAUSO" pelo Senado Federal no mes de abril de 2010. O livro é a tradução do bestseller em lingua alemã "KAPILLAREN BESTIMMEN UNSER SCHICKSAL" Contatos com o autor: mpeuser@hotmail.com

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